terça-feira, 26 de julho de 2011

SP, 27/07/2011 (diário de um corredor)


Eram 5:30 quando o iPhone despertou! Levantei, lavei o rosto fui até a cozinha.

Fiz um lanche leve, como deve ser antes dos treinos. Iogurte light com granola e aveia. Depois um copo de suco natural de laranja e duas torradas.

Meu treino hoje era trote de 60". Decidi então que iria iniciar o treino já na porta de casa.

Às 6hs larguei da porta do meu prédio. Estava escuro, temperatura no relógio de rua indicava 16 graus. Só que o vento trazia uma sensação térmica de uma temperatura bem abaixo disso.

Subi até a Av. Paulista, passando por trás do MASP.  Tomei o rumo da esquerda, sentido Vila Mariana.

Descida a direita na Al. Pamplona. Já aquecido e, como se sabe prá baixo todo o santo ajuda, o pace no Garmin indicava 04:50!

Ao longo da descida na Pamplona fui cruzando por pessoas que se dirigiam para o trabalho, algumas vans de carga descarregavam mercadorias. Uma paisagem típicamente urbana de início de manhã. 

Passei por dois bares de esquina onde alguns tomavam café... outros, acreditem, cerveja! (risos)

Na esquina com a Al. Lorena, o sinal estava fechado e parei ao lado de duas senhoras. 

Uma delas me olhou e disse: "correr essa hora é coisa de maluco, né!" Todos rimos. 

A outra senhora respondeu de imediato: "pior nós que estamos indo trabalhar nessa hora da manhã!" Mais boas risadas!

Me despedi das duas bem humoradas senhoras e segui Pamplona abaixo. 

Cruzei a Estados Unidos e logo na esquina seguinte, uma Van vinda de uma rua na transversal ignora um pedestre que estava na faixa e quase o atropela.

Sim, sempre tem um idiota de plantão mesmo logo nas primeiras horas da manhã.

Cheguei na Av. Brasil. Virei a esquerda sentido Ibira. A luz já mudara. Um azulado de início da manhã se misturava com as luzes dos postes e o verde das árvores (acho linda a arborização da Av. Brasil).

O som era inusitado. Os pássaros cantando, os som dos meus passos e ruídos de alguns poucos carros que já circulavam compunham uma sinfonia bem ritmada, quase harmônica. 

Ao longe já avistava o monumento do "empurra". Cheguei no Ibira às 6:30. Corri mais 3k e voltei pelo mesmo caminho! 

Algumas coisas ficaram diferentes: muito mais carros, muito mais monóxico de carbono  saindo dos ônibus na esquina da Brigadeiro e uma nem tão íngreme, mas longa da Al. Pamplona.

Detalhe na subida: os caras que estavam no bar quando desci, continuavam lá! Tomando mais uma (s) cerveja (s)! (risos!!!)

Correr é assim. Um misto de sensações e percepções. É rejuvenescedor e reanimador! 

Integra o corpo, a mente e o espaço.

Por isso, amo muito tudo isso!

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Uma boa semana!


E começou mais uma semana! Coisa boa!

Além de muitos compromissos profissionais e pessoais, finalmente estou de volta aos treinos fortes!

Amanhã tenho séries de tiros no Ibira! Dale!

Hoje mudou meu treino de musculação. Está melhor mais focado em resistência e força muscular, sobre tudo no posterior da coxa para não forçar mais o joelho quase curado da lesão.

No sábado acompanhei meus amigos "berlinenses" Carlão, Guilhermo e Lui num treino leve de 01:30min, num frio de 12 graus.

Pelo volume da conversa num pace médio de 05:15, os caras vão mandar muito bem na Maratona de Berlin em setembro!

Vai daqui,desde já, o meu desejo de muita boa sorte, vibração positiva e torcida!

Meu próximo desafio será a Meia Maratona de Buenos Aires, agora em setembro!

A autoconfiança está voltando aos poucos... Os treinos agora tem um papel fundamental nisso!

Zangado!
Eu tenho 1.65! Sim sou baixinho! (risos!)

Nos últimos meses, com a lesão no joelho e ausência de treinos e provas não ajudaram muito para que eu fosse um cara bem humorado durante os treinos.


Aí ganhei um apelido carinhoso e engraçado dos meus amigos e parceiros de corrida: zangado.

É... fazer o que... (risos!!!) 


Biografia da Amy Winehouse

Mais uma que se foi aos 27 anos. Eu não posso dizer que era fã, mas gostava da voz e das músicas da diva underground londrina. Assisti ao vivo, entre ouvações e vaias, a sua decadência durante um show no Anhenbi. Triste pois não é bacana de ver alguém com tanto talento se autosabotar desse jeito!






Se sair uma biografia (e vai sair,claro!) a sinopse poderia ser a seguinte: tentaram levá-la para a reabilitacão. Ela disse não, não, não. Morreu! (risos) 

 



Por enquanto é só pessoal! 

Boa semana e boa sorte! 

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Burning down the house


Se tem uma banda que eu gostava (e ainda gosto) muito é o Talking Heads.

A banda surgiu em Nova York no inicio dos anos 70, ficou conhecida nos anos 80 e acabou nos anos 90. Fazia uma mistura de punk, rock, pop, funk e intelectualismo.

Esse genialidade ou maluquice, como queiram, veio da cabeça do escocês David Byrne.


Pois é, esse senhor grisalho aí na foto, nos falava cantando que "time isn't holding us, time doesn't hold you back. "

Agora nos diz escrevendo que "existem meios alternativos a utilização de carros para se viver e andar em grandes cidades."

E fala isso com a propriedade de um ciclo ativista que desde os anos 80 usa a bicicleta como meio de locomoção em Nova York, onde vive.

Genial como sempre, escreveu um livro, Diários de Bicicleta, onde conta sobre suas pedaladas pelo mundo. Palestrou na FLIP e no SESC SP, andou de bicicleta pelas ruas de São Paulo e disse:

"Os dinamarqueses resistiram bastante em abrir mão de seus carros e usar bicicletas. Os nova-iorquinos e até os brasileiros não pensariam diferente, é normal que resistam neste momento. "Descobri que Roma, onde o trânsito é caótico, é uma cidade excelente para isso."

É pelo jeito quando o assunto é mobilidade urbana só mesmo botando a casa a baixo.

Mobilidade Urbana : A experiência prática

Olha como é fácil entender sobre mobilidade urbana: segunda eu o Cado da Milk tínhamos uma reunião para apresentar um nova campanha para um cliente. A reunião seria às 16hs na Alameda Santos. 

Às 15:30 o Cado pegou o iPad, colocou na bolsa da Brompton, dobrou a bike, pegou capacete e me disse: vamos? Eu respondi: Vamos! E perguntei: você vai de bike? Ele respondeu: Não. Vou voltar de bike. 

Descemos, pegamos um taxi, ele colocou a bike no porta malas, chegamos no cliente, ele entrou com a bike puxada pela alça da bolsa, fizemos a reunião, o cliente adorou a campanha, descemos do prédio do cliente, ele montou a bike, comemoramos o sucesso da apresentação  e ele foi embora prá casa, pedalando. 

Simples assim!
 
Mobilidade Urbana : O Relato

Há quase dois meses estou sem carro. No início fui compartilhando o uso do carro da minha mulher (risos).

Como eu divido minha vida profissional trabalhando para a Milk e na Colaborativa e, respectivamente, uma fica Faria Lima e a outra em Higienópolis, tive que me reciclar no assunto mobilidade urbana.

Agora tenho usado mais o metrô, o ônibus e andar a pé.

Na Milk descobri que a bike é um delicioso meio de locomoção pela cidade. É claro que a vantagem numérica dos carros assusta e a pouca educação e respeito com os ciclistas é uma dura realidade ainda.

Mesmo assim, acreditem, já nem sinto saudades do carro não.


Estourando a boca!

 


Demais essa nova campanha da Nike!

Buscar essa galera sub 23 prá se jogar no mundo da corrida foi genial!

To só esperando meu filho voltar das férias lá do Sul prá apresentar a "coisa da boa" prá ele! (risos). 







Prá fechar, David Byrne e suas "cabeças pensantes" na clássica faixa que da título a esse post.

terça-feira, 12 de julho de 2011

CORRIDAS: QUALIDADE X QUANTIDADE

Entrei numa discussão bacana e interessante no Facebook!

Tudo começou com um post compartilhado pelo meu amigo, corredor e blogueiro André Tarchiani (revistacontrarelogio.com.br/blogs/na-corrida) que eu reproduzo abaixo.

"Freqüentemente, cobram-se nas redes sociais mais maratonas no Brasil, os saudosistas lembram de provas do passado, como a de Blumenau. Sinceramente, não precisamos de mais maratonas. Temos um número mais do que suficiente. Precisamos, sim, de mais e melhores maratonistas. Em todos os níveis, dos amadores aos profissionais."


Eu concordei com a história de que não é preciso mais provas.

Isso já temos demais. Talvez até em excesso. E o pior (ou melhor, aí vai do ponto de vista de cada um) que mais provas estão aparecendo.

Quem tem uma mínima relação com o universo running sabe que o crescimento das corridas de rua e dos corredores aumentou em ritmo forte nos últimos anos.

Cresceu também o comércio, as lojas, os produtos, o interesse das marcas em falar, estar em contato, sem lembrada por esse target potencial crescente.

O país também mudou. A classe média ficou mais forte, mais presente, mais compradora.

Com o aumento da renda, é claro, aumenta o consumo e a procura por mais qualidade de vida, beleza e cuidado com o corpo.

As assessorias, academias e provas estão aí para comprovar essa estatística.

Mas penso que a origem dessa discussão é o fato de que nós corredores, queremos sim ver a corrida se tornar mais democrática, acessível a todos.

É bom ver pessoas correndo para perder peso, manter uma atividade física, ou simplesmente para diminuir o estresse do dia a dia.

Só que tem gente como eu, o André e milhares de outros corredores, que levam essa coisa de correr um pouco mais a sério.

Por favor não me levem a mal. Não me achem pretensioso, afinal meu pace médio em provas é 5! 

Mas eu, há dois anos, desde que comecei a correr, busco melhorar meus tempos, minha performance.

E por isso mesmo, sou mais seletivo e exigente a cada prova, a cada treino.

Sinceramente, quero ver sim a corrida acessível a todos. Mas não acho bacana essa feira livre de provas (são praticamente uma por semana).

Também não acho bacana, como disse o meu amigo Fausto Corteze no FB, ver a corrida banalizada como atividade esportiva.

Imagina se acabarmos tendo uma FIFA, FIA ou CBF da corrida no Brasil? Aí ferrou, né..

Não dá prá burocratizar. Tem que descomplicar, facilitar.  Temos que caminhar no sentido de uma valorização de provas de interesse para corredores de todas os níveis!

Obviamente que não tenho nada contra os organizadores de provas.

Mas fica aqui um alerta: organização e foco são fundamentais para a saúde de uma atividade crescente como a nossa!

E vou além! Cabe as assessorias também terem um olhar para os corredores que buscam performance e provas mais organizadas.

Esse, sim, é um belo filtro de qualidade.

Por fim, diria que o que queremos é qualidade levada mais a sério e quantidade na medida certa quando o assunto é calendário de provas no Brasil!

Enquanto isso, sigo treinando forte para melhorar as minhas performances!

segunda-feira, 11 de julho de 2011

E antes que eu confunda o domingo com a segunda...

"E antes que eu confiunda o domingo, e antes que eu confunda o domingo, o domingo com a seghunda... Domingo eu quero ver, o domingo passar... Domingo eu quero ver o domingo acabar..."

Não isso não é um mantra e eu não estou maluco. esse é só um trecho de uma música dos Titãs que me inspirou nessa volta ao meu blog. 

Ontem, domingo, eu só pensava na segunda. E não foi só porque meu time perdeu, não. É que eu estava mesmo cheio de gás prá começar a semana. Por isso essa vontade ansiosa de chegar a segunda feira. 

Fiquei algum tempo sem escrever. Longe desse gostoso e prazeroso contato diário com meus amigos on e off line. Mas, como havia prometido a todos, estou de volta! 
Depois da depressão pós maratona, da lesão no joelho (aparentemente curada...) e de um molho de mais de um mês sem treinos, tudo começa a voltar ao normal. 

O Retorno

Já na semana passada, com aquele frio todo, voltei aos treinos no Ibira. Trotes (nem tão trotados assim, rsrsrsrs...) pouco esforço e treino de 60' considerado como treino longo (ploft! risos); 
Hoje retornei aos treinos mais fortes de muculação, pois só estava fazendo bicicleta... Enfim... é o recomeço... 

Por conta da lesão tivde que mudar muito os planos das provas que queria correr esse ano... 

Agora o foco é na Meia Maratona de Buenos Aires em setembro. Depois quero a Nike600k e, caso fique mesmo em sampa para o reveillon, a São Silvestre! 

Treino de sábado

Nesse sábado, com a USP fechada por conta do feriado, o treino foi no Ibira. Corri 15k em 01:20 ao lado do Lui, Guilhermo, João, todos treinando forte para a Maratona de Berlin! Pelo que vi, teremos bons trempos vindos da germania em breve! (risos!)

As novidades (só as boas... rsrsrs)

Prá fechar, muita coisa bacana acontceu nesse meu mês e pouco, fora dos treinos e do blog: minha sobrinha Lívia nasceu! Minha mãe veio morar em São Paulo para ficar perto de mim e do meu filho, Pedro (que está de férias em Porto Alegre) e eu agora além de meu projeto da Colaborativa, uma rede social corporativa, estou trabalhando na Milk Comunicação Integral como Gestor de Novos Negócios! Estou desenvolvendo novos produtos destinados às marcas fazerem conexão com gente saudável. 

É, agora trabalho por esporte! (risos!) 

Há! E em breve, MMCorredor de cara nova! Novas tabs, novos parceiros, novas fotos... 

Aguardem! 
 
Muito bom estar de volta! Bom dia, boa semana e boa sorte! 





segunda-feira, 13 de junho de 2011

Não escrever também me faz falta.



A vida corrida (não aquela corrida dos treinos), novos projetos profissionais, a lesão no joelho e a depressão pós maratona tem me tornado um cara menos freqüente e presente nesse espaço que eu tanto adoro estar.

Tomara que essa falta de conversar com vocês seja recíproca (risos nervosos…)

Mas depois de tanto tempo absolutamente dedicado e envolvido com uma rotina adrenalizada, agora a inspiração por vezes deixa de ser minha companheira.

Nada grave é verdade. Como publicitário há mais de quinze anos, já tive meus momentos de bloqueio criativo. Isso por vezes ocorreu logo após criar e me envolver com alguma campanha genial.

No jargão clássico do futebol, diria que “estou atravessando uma má fase” (risos).

Sempre que eu vou escrever um post, alguma coisa, seja ela uma palavra, uma pessoa, um fato, é que me inspira e solta meus dedos no teclado.

Hoje a falta de escrever foi minha motivação, minha inspiração! É isso! Senti falta de escrever. De falar com e para vocês.

Muita falta também estou sentindo da corrida, dos treinos, do frio das manhãs no Ibira e de todos os meus amigos e companheiros de corrida. Mas, breve já estarei de volta, na atividade!

O que me faz feliz mesmo é ver o quanto hoje eu sou mudado em relação há muitas coisas da vida. 

Mais calmo, mais experiente, mais seguro e, consequentente, mais tolerante.

Claro que mudar é uma necessidade do ser humano. Eu diria que é uma obrigação quando se fica mais velho, mais maduro.

Mas o legal mesmo, foi que nessa mexida no passado das minhas incurssões na publicidade criativa, acabei lembrando e encontrando um texto muito legal (pelo menos eu acho, rsrsrs.) que criei para uma campanha de reposicionamento de um cliente.

Foi criado há dez anos atrás. Tomara que gostem. Eu, mesmo depois de muito tempo,  ainda curti!

Abraços e beijos, boa semana e boa sorte!

Mudar é evoluir

Mudar é um ato continuo que nos acompanha a vida toda. A cada minuto, a cada hora, a cada dia, a cada ano, mudamos…
Mudar é ampliar as exigências daquilo que queremos alcançar.
Mudar é romper, sofrer, lutar, avançar, voltar, tentar.
É reconhecer erros, é olhar por outro lado, é ouvir a si mesmo, é quebrar paradigmas, é aceitar a mudança.
Mudar é necessidade, é desejo, é vontade.
Mudar não é trocar de lugar. É mudar o lugar. É evoluir.

terça-feira, 7 de junho de 2011

Corrida Seletiva

Obviamente que num blog, costumeiramente postamos coisas que a gente mesmo escreve. 

Mas, como já fiz algumas vezes aqui no MMCORREDOR, postei comentários, emails, frases de seguidores, amigos, outros blogueiros, etc. 

E hoje, lendo o blog Na Corrida (http://revistacontrarelogio.com.br/blogs/na-corrida/) do meu amigo André Tarchiani Salvazoni, o post me agradou e, depois de devidadmente autorizado pelo autor, compartilho com vocês na íntegra.

Dois desafios para todos os gostos nas corridas de rua

O tema é extremamente polêmico, mas, aproveitando que Boston baixou em cinco minutos o tempo de corte na maratona a partir da edição de 2013 e não houve qualquer movimento contrário a isso (o que está mais do que certo), acredito que está na hora de serem criadas algumas provas realmente de performance no Brasil, para desafiar os corredores.

Infelizmente, ainda (sou um otimista) não dá para fazer isso nas maratonas brasileiras. O número de participantes nas nossas provas de 42 km é pequeno. Como bem abordou o Sergio Rocha no blog Corredólatras, aqui ao lado. Então, que essa medida comece por corridas de 10 km e, principalmente, numa meia maratona.

Na corrida há espaço para todos. Quem vem conversar comigo, sempre ressalto os benefícios do esporte para a vida. Tanto para a saúde quanto para a cabeça. Cada um tem um objetivo e ele deve ser respeitado. E assim continuará. 

Agora, se tivéssemos ao menos umas duas provas de 10 km e mais duas meias maratonas por ano (uma em cada semestre), com tempos de classificação para se inscrever como Boston, valorizando quem tem bom desempenho, seria um desafio mais do que interessante. 

Seriam somente quatro provas diante das centenas que são organizadas. Mas que movimentariam o mercado. Haveria uma disputa saudável pelo índice.

Outra medida interessante seria reduzir o tempo limite de conclusão para receber a medalha no final. Em um 10 km, máximo de duas horas, por exemplo. Usando a ferramenta de cálculo aqui do site da Contra-Relógio, esse tempo daria uma média de 12 minutos por km ou 5 km/h. 

Concorda que não é corrida, é caminhada? Se a pessoa completou os 10 km em mais de duas horas, não correu, somente andou. E lentamente. Vale o mesmo para a meia maratona. A 8 minutos por km, vai completar os 21,1 km em 2h48. Isso dá uma velocidade de 7,5 km/h. 

Então, vamos arredondar para 3 horas, não estaria bom? Daria 8:34 por km ou 7 km/h, que é uma caminhada bem rápida ou um trote lento.

Com as duas medidas, seriam criados desafios diferentes. Os mais preparados, buscariam os índices. Quem gosta de correr por prazer, teria o estímulo de melhorar um pouco o desempenho antes de se inscrever, para poder ganhar a medalha. 

Seria ou não interessante?

Na Run&Fun
Nos sábados 18/06 e 02/07, a Run&Fun vai realizar treinos especiais na pista de atletismo no estádio do Morumbi. Os treinos serão divididos em dois grupos: 

18/06 - atletas com tempo acima de 50min nos 10k; 
02/07 - atletas qu estejam aptos a correr 10k abaixo de 50min; 

Seu meu joelho deixar, dia 02 eu vou! 

No NikeCorre
O NikeCorre perguntou: o cachorro é o melhor amigo do homem, mas ele é também seu companheiro de corrida? 

Putz! Eu não tenho cachorro (ainda). Mas se tivesse, ele seria sim um companheiro de corrida! 

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todo mundo é parecido quando sente dor



Segunda feira tipica prá ouvir o despertador, olhar o relógio, dar aquela ajeitada debaixo do edredon e seguir dormindo.

Quem me dera. A verdade é que, mesmo para quem como eu vem da terra do frio, a manhã dessa segunda feira estava siberiana (risos).

Hoje no desayuno, abri mão da vitamina de frutas e tomei mesmo foi uma caneca de chocolate quente. 

Entre um gole e outro, aquecendo as mãos e lendo as ”novidades”
nos sites de notícias, fui percebendo que a dor no joelho estava mais aguçada.

Uma dorzinha na lombar também estava dando o ar da graça. E que o posterior da coxa manifestava um certo “desconforto muscular”.

Pensei: frio e velhice é um saco! (muitos risos).

Fora as bobagens, quando lembrei da letra da música do Barão Vermelho (que dá título a esse post), fiquei pensando sobre o porque de sentimos dor (!!!???).

Os mais pragmáticos e/ou revoltados, diriam que sentimos dor só para termos que gastar com medico e remédios e ainda ficar sem poder se fazer o que gostamos na vida porque estamos com alguma maldita dor.

Suponho que para muitos esse seja um ponto de vista egoísta, ignorante, quase ogro! (risos).

Vendo a coisa toda por um outro lado (mais equilibrado e ameno, rsrss) a dor é, na maioria das vezes, um alerta.

Um sinal que nos dá um aviso de algum excesso e nos solicita um pouco mais de prudência.

Porvavelmente do ponto de vista cientifico, a dor é uma dispositivo natural de nosso corpo que informa que alguma coisa nao está em bom funcionamento em nossa máquina orgânica.
 
Já do ponto de vista mais exotérico (…!!!??? rsrsrs…), seria correto dizer que a dor pode ser um convite à reflexão.

Pode ser o caminho para um processo de amadurecimento e até mesmo o divisor de águas para que se tenha mais critério, juízo e mudança diante das coisas.

Mas, e agora…!?  Depois de saber sobre o que é a dor e os motivos que a evidenciam, o que fazer com essa informação?

Procurar o médico, ponderariam os mais prudentes. Esperar mais alguns dias, responderiam os mais céticos. Não dar importância, afirmariam os mais teimosos. Compreender e superar, sentenciariam os mais evoluídos.

Talvez todas as respostas estejam corretas. A acertividade da escolha, vai de acordo com cada caso, com cada pessoa, com cada hábito de vida, etc.

Diria que se formos capazes de avaliar a causa da dor, a incidência da dor, somos capazes também de reagir, não instintivamente, mas inteligentemente sobre ela.

E assim, independente de qual tratamento, metodologia ou crença, iremos nos sentir mais rapidamente “curados” pois a escolha certa nos traz harmonia, tranquilidade, equilibrio e segurança.


Boa semana e boa sorte!

quarta-feira, 1 de junho de 2011

As pessoas…


Correr é uma superação pessoal. Desde que se decide começar até quando se estabelece novas e mais dificeis metas.

Foi assim comigo e deve ter sido com você também.

Por um outro lado, pensemos na vida. Nossos objetivos, sonhos, metas, desejos, planos, são pessoas e instransferíveis (igual cartão de crédito, rsrsrs).

Depende da gente, das nossas escolhas, da nossa determinação, da nossa superação.

Mas isso tudo, na verdade, não se faz sozinho.

Em todos os níveis de nossa vida, as pessoas que, escolhemos ou não, passam a fazer parte de nossa trajetória, tem um papel fundamental no sucesso de nossas existências.

E cito somente o sucesso porque penso que o fracasso não vem pela influência dos outros, mas sim pela nossa prrópria condução errada e escolha equivocada.

Isso vai pode gerar alguma polêmica, mas não vamos aqui entrar no mérito filosófico da questão.

Penso que quando fazemos a escolha certa de quem queremos conviver e/ou aceitamos “ser escolhidos” para o convivio com alguém, isso é que vale ser celebrado.

Desde que comecei a correr, em setembro de 2009, tive a felicidade de conhecer somente pessoas do bem. Não só porque corriam, cuidavam da saúde, pensavam no meio ambiente.

Mas porque existe uma sinceridade verdadeira nas pessoas que correm. Cada um de nós tem a sua meta pessoal. E isso é respeitado e apoiado por todos.

Pelo menos é assim no meu grupo de amigos, paceiros e corredores na Run&Fun. Não sei como são as outras equipes.

Mas, espero que não fujam a essa regra tão saudável de convivio e integração.

Quando iniciei esse blog, que tinha por objetivo contar minha trajetória até a minha primeira maratona, fui agregando amigos.

Pessoas maravilhosas que não só me apoiaram como também compartilharam suas vivências, suas opniões, suas experiâncias, e, principalmente, a sua amizade comigo.

Teve muita gente bacana que passou por aqui e deixou uma mensagem. Teve muitos e.mails de apoio, de crítica construtiva, de zoação, teve de tudo!

Por isso dedici fazer uma homenagem a um fator determinante de incentivo aos meios treinos e chegada até o final da maratona: as pessoas!
 
Um post que me emocionou

Ao longo desses meses de blog, recebi muitos e.mails que me tocaram muito.
Mas esse da Kelly Diaz, compaheira de treino, maratonista e futura mamãe, me emociou com a sensibilidade objetiva que só as mulheres são capazes de ter. Obrigado, Kelinha! 

“Marcelo,
em primeiro lugar quero te dar os parabéns por ter cumprido a prova e superado os obstáculos. Realmente não importa se fez ou não fez no tempo planejado. 
E FALO ISSO PORQUE NÃO IMPORTA MESMO. 


Maratona é uma das provas mais difíceis, pois testa o corpo e a mente ao extremo e é por isso que deve ser respeitada, SEMPRE, e não só na primeira vez. Minha experiência não foi muito diferente da sua, só tive um pouco mais de sorte na minha 1ª vez (consegui terminar abaixo de 4h), mas na 2ª... achei que fosse ter um colapso depois dos 34Km, naquele túnel infernal que prometia desembocar na República do Líbano... subida, subida, ...não chegava nunca... Foi uma das experiências mais difíceis da minha vida, mas vc acha que cruzei a linha de chagada arrependida? É claro que não! Você acha que tive vergonha do meu tempo de 4:17? Mas é óbvio que não! Tive muito orgulho de completar uma prova quente, depois de passar por limitações físicas que beiravam o insuportável (elas se revezavam entre fisgadas nos pés e náuseas). Enfim, não dava para eu te contar tudo isso antes. Você ainda não tinha sentido na pele. Agora você sabe que o objetivo mais importante é completar a prova. Tempo? É... na próxima você também vai querer colocar um objetivo de tempo, senão os treinos perdem o sentido... mas espero que independente do tempo, sempre tenha em mente que completar é a vitória, conseguir o tempo, é lucro. Bem vindo ao time!
Bjs,
Kelly”

Album de fotos

Não dá prá falar de cada uma das pessoas que estiveram ao meu lado nessa trajetória.

Decidi então postar novamente algumas fotos de momentos importantes e marcantes.

Foram muitas pessoas. Assim, se eu esquecer de alguém, por favor me perdoe! 

Parceiros e amigos de verdade!  
Lui sempre passando experiência e segurança com sua calma baiana;  Jhonny, meu eterno capitão, de quem eu deveria ter seguido a dica de correr a 5:40 até os 36k, rsrss; Carlão que sempre me deu muito incetivo e parceria em todos os treinos!


Professor Paulo e seu indefectível bom humor, Karine super parceira e amiga sempre com palavras de incentivo, Luiza sempre passando motivação e alegria! 




Grande Zé! Parceiro de treinos, que me me passou muito da sua experiência em maratonas e comprovou isso em Paris! Valeu, parceiro! Tenho muito que aprender ainda! A operção Zé da Meia está deflagrada! rsrsrs. 




Ao meu lado, além da Karine e Lui, um baita amigo: Guilhermo. Sempre me escrevendo e me incentivando. Parceiraço nos treinos e nas provas! Agora é a tua vez, brother! Que venha Berlin!!!! 



A equipe de treinadores da Run&Fun!
Sempre presentes e sempre incentivando!
Obrigado e tamo junto! 




Outro grande parceiro: André!
Sempre com um bom humor sarcástico que só melhorou a dureza de alguns longões na USP!
Valeu, merrrrmão! Rsrsrs.   

Para o Lucas (a esquerda) eu tenho que agradecer pela parceria e brodagem!
Fazendo umn trabalho sensacional na Milk, me proporciou testar e aprovar os melhores tênis da Nike! Valeu, cara!

Para o André (a direita) quero agradecer por acreditar no meu desafio e na minha meta! Foi dificil, não foi como eu queria, mas não vou desistir nunca! 
Agora é a Meia de Buenos Aires! Vamo que vamo! Valeu, treinador!


 
O abraço é no professor/treinador Daniel Neves! 
Um (pequeno) grande cara! rsrsrs. Incentivador, motivador e companheiro de jornada! Valeu por tudo!

Na diteita na foto, mais uma querida amiga: Luciana Fioravanti, corredora das melhores, guria de podium, parceira de equipe e que me deu dicas e ajudou na minha recuperação para a maratona! 

Um beijo, guria e obrigado por tudo!


E aí acima alguns dos guerreiros que enfrentaram o sol forte e o calor da Maratona de Poa! 

E segue a vida…

Mesmo ainda me recuperando da lesão, mesmo ainda sem voltar a treinar, mesmo depois de fazer minha primeira maratona abaixo do tempo que eu queria, o MMCORREDOR segue em frente!

O prazer de escrever esse blog (quase) diário, é tão bom quanto correr. A satisfação de fazer parte e influenciar de alguma forma na vida das pessoas é um sensação maravilhosa.

Obrigado a todos vocês que me ajudaram também a alcançar essa meta! Abrácos e beijos e boa sorte a todos!

Na Run&Fun
Parabéns pelo novo site! E é muito bom fazer parte dessa equipe! Obrigado a todos! 

No Nikecorre 
Show para as ativações pelos cinco anos de Nikecorre! Meu muito obrigado pela parceria e apoio ao longo dessa jornada da maratona. Seguimos juntos para novos desafios! Um beijo muito especial de obrigado para a Lara Martins.  

Pesoas muito felizes  
Prá fechar, um clipe de minha banda favorita, o R.E.M, com uma música alegre que fala do brilho e alegria das pessoas que brilham... como vocês!





segunda-feira, 30 de maio de 2011

It’s fucking borin to death



 
Uma das melhores bandas do rock alternativo gaucho, o DeFalla, teve um influência muito forte no meu gosto e tendência musical.

O caldo sonoro do DeFalla misturava rock, rap, funk e psicodelia. Era uma banda que antecipava tendências. Era mesmo uma banda à frente de seu tempo. 

É verdade que os anos 80 eram a era  pré-internet e tudo o que envolvia a cultura pop chegava com atraso ao Brasil.


Mas a cada show do De Falla, as performances e genialidade de Edu K e da banda, me davam mais vontade de ter e tocar em uma banda de rock. 

Anos mais tarde acabei tocando em algumas bandas. Percussão em algumas, bateria (sim, eu sou baterista!) em outras. 

Nada profissional, nada com dedicação em busca da fama de rock star. Mas com muito tesão, porque tocar, asssim como a correr é prá mim uma terapia.


O De Falla, que fez um show histórico em Porto Alegre nesse final de semana, teve uma música (cujo o nome é o título desse post) que foi um clássico nos anos 80.

Porque contei isso? Porque venho sentindo uma coisa que definiria como “um maldito tédio pós maratona”.

Depois de intensos cinco meses de treinos para a maratona, meus últimos dias foram um tanto quanto tediosos, atleticamente falando.

Desde que voltei de Porto Alegre, meus treinos se limitaram a 30 minutos de bicileta e o foco agora foi em manter o tratamento do joelho para observar os resultados.

As dores ainda estão incomodando. Por isso estou me poupando, segurando a abstinência de correr e mantendo a tranquildade para me recuperar bem.

Meu iPhone continua despertando às 5:30 nas terças e quintas e às 6hs nos sábados. Achei melhor manter para não confundir o relógio biológico (risos).

Se chorei ou se sorri…

Nesses últimos dias, pensei muito em tudo o que vivi e senti antes, durante e depois da maratina. Procurava o verdadeiro sentimento que ficou dessa minha primeira maratona.

A verdade, é que foram muitos sentimentos. Foram muitas sensações. Fiquei ansioso, tenso, calmo, ansioso denovo, preocupado. Isso tudo antes da prova. Durante a prova, fiquei calmo, seguro, ansioso, preocupado, tive medo, cansaço, dores, calor.

Depois senti orgulho de ter chegado onde cheguei, senti uma força ressurgindo da minha determinação, uma força ainda mais extraordinária nos últimos quinhentos metros, senti o pulmão respirando tranquilo e o coração batendo seguro.

Ao cruzar a linha de chegada, gritei de raiva, de gana, de alegria, de uma overdose de superação. Bati no peito me dando os próprios parabéns. Depois, quando vi minha mãe, meu pai, minha mulher, minha família, caí num choro que só quem tem a emoção levada a flor sabe o que significa.

Chorei, sorri, comemorei. Me autoavaliei ali mesmo. Era preciso. Caso contrario poderia, mesmo que por poucos minutos, achar que completar a prova mesmo abaixo da minha meta, não teria sido uma grande conquista.


Aprendendo com os erros

Errando é que se aprende, diz o dito popular. É verdade. Eu disse, ao longo desses meses todos, que correr era com a cabeça. Mas na prática a teoria foi um pouco diferente.

Ao escolher a minha estratégia, preferi não dar ênfase as dores no joelho. Ouvi muito que as dores eram psicológicas. Então não quis neurotizar. Mas elas estavam ali. Mais que as dores, a lesão estava ali. Mas eu preferi disfarçar (risos).

Quando larguei, mative o ritmo que havia programado. E segui assim, firme, tranquilo, procurando esquecer  as dores no joelho.

Não deveria ter mantido essa estratégia. Deveria ter corrido com a cabeça. Deveria ter corrido com um ritmo mais fraco e por mais tempo.


Abrindo a caixa preta

Após o km 12, aumentei o ritmo. Tudo certo, como o programado. Agora eu não pensava no joelho e nem no calor, que aumentava significantemente.

No km 30, na hora da batata, uma espécie de “aviso de perda de força do motor” começou a apitar. Não dei bola. Segui firme.
 
Aos 33kms, o sinal apitou novamente e acrescentou um aviso de “dores intensas no joelho esquerdo”.

No km 34, aviso de “pane geral”! Em seguida uma mensagem: “todos os sistemas de propulsão estão em falência”. “somente o sistema de respiração e circulação se mantém intactos”.

Brincadeiras metafóricas a parte, só nesse momento eu realmente corri com a cabeça. Nesse momento, no km 34, percebi que meu plano A tinha caído. 

Parti para o plano B. 
Com muito custo fui até o km 36 tentando manter o plano B. Não deu. 

Ainda tinha o plano C. Tentei levá-lo como meta até o km 39. Nada feito.

Mesmo assim, em nenhum momento me dei por vencido, por acabado. Mesmo tendo que abrir mão de três alternativas de chegar abaixo de 4hs, eu ainda tinha a emoção de cruzar a chegada inteiro! 

Essa agora era a meta! Chegar! E chegar bem! Com dignidade e certeza do dever cumprido.


 
Consegui!