terça-feira, 12 de julho de 2011

CORRIDAS: QUALIDADE X QUANTIDADE

Entrei numa discussão bacana e interessante no Facebook!

Tudo começou com um post compartilhado pelo meu amigo, corredor e blogueiro André Tarchiani (revistacontrarelogio.com.br/blogs/na-corrida) que eu reproduzo abaixo.

"Freqüentemente, cobram-se nas redes sociais mais maratonas no Brasil, os saudosistas lembram de provas do passado, como a de Blumenau. Sinceramente, não precisamos de mais maratonas. Temos um número mais do que suficiente. Precisamos, sim, de mais e melhores maratonistas. Em todos os níveis, dos amadores aos profissionais."


Eu concordei com a história de que não é preciso mais provas.

Isso já temos demais. Talvez até em excesso. E o pior (ou melhor, aí vai do ponto de vista de cada um) que mais provas estão aparecendo.

Quem tem uma mínima relação com o universo running sabe que o crescimento das corridas de rua e dos corredores aumentou em ritmo forte nos últimos anos.

Cresceu também o comércio, as lojas, os produtos, o interesse das marcas em falar, estar em contato, sem lembrada por esse target potencial crescente.

O país também mudou. A classe média ficou mais forte, mais presente, mais compradora.

Com o aumento da renda, é claro, aumenta o consumo e a procura por mais qualidade de vida, beleza e cuidado com o corpo.

As assessorias, academias e provas estão aí para comprovar essa estatística.

Mas penso que a origem dessa discussão é o fato de que nós corredores, queremos sim ver a corrida se tornar mais democrática, acessível a todos.

É bom ver pessoas correndo para perder peso, manter uma atividade física, ou simplesmente para diminuir o estresse do dia a dia.

Só que tem gente como eu, o André e milhares de outros corredores, que levam essa coisa de correr um pouco mais a sério.

Por favor não me levem a mal. Não me achem pretensioso, afinal meu pace médio em provas é 5! 

Mas eu, há dois anos, desde que comecei a correr, busco melhorar meus tempos, minha performance.

E por isso mesmo, sou mais seletivo e exigente a cada prova, a cada treino.

Sinceramente, quero ver sim a corrida acessível a todos. Mas não acho bacana essa feira livre de provas (são praticamente uma por semana).

Também não acho bacana, como disse o meu amigo Fausto Corteze no FB, ver a corrida banalizada como atividade esportiva.

Imagina se acabarmos tendo uma FIFA, FIA ou CBF da corrida no Brasil? Aí ferrou, né..

Não dá prá burocratizar. Tem que descomplicar, facilitar.  Temos que caminhar no sentido de uma valorização de provas de interesse para corredores de todas os níveis!

Obviamente que não tenho nada contra os organizadores de provas.

Mas fica aqui um alerta: organização e foco são fundamentais para a saúde de uma atividade crescente como a nossa!

E vou além! Cabe as assessorias também terem um olhar para os corredores que buscam performance e provas mais organizadas.

Esse, sim, é um belo filtro de qualidade.

Por fim, diria que o que queremos é qualidade levada mais a sério e quantidade na medida certa quando o assunto é calendário de provas no Brasil!

Enquanto isso, sigo treinando forte para melhorar as minhas performances!

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